Na abertura de seu depoimento a Alexandre de Mores no processo da tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente de Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar sem provas a lisura do processo eleitoral e as urnas eletrônicas. Ele afirmou que sempre foi contra o sistema de votação e afirmou ainda que outras autoridades também levantaram suspeitas.
“Fiquei 2 anos como vereador e 28 como parlamentar. Minha retórica sempre foi parecida com isso. A questão da desconfiança ou crítica às urnas não é algo privativo meu”, afirmou ele. Ele citou figuras como o ministro do STF Flávio Dino e Carlos Lupi, presidente do PDT, que no ado também fizeram comentários negativos em relação às urnas.
O ex-presidente não apresentou provas para corroborar suas críticas às urnas e ainda reclamou da forma como sua campanha teria sido tratada pela Justiça Eleitoral na eleição de 2022.
Moraes também questionou Bolsonaro sobre um vídeo de uma reunião ministerial no qual o político afirmou que ele e os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso estariam recebendo “U$S 50 milhões, U$S 30 milhões” pelas eleições.
O ex-presidente pediu desculpas pela afirmação, disse que não tinha provas e que o vídeo não deveria ter existido e que foi vazado de “má-fé”.
“Não tem indícios, senhor ministro. Era uma reunião para não ser gravada, um desabafo. Então, me desculpe, não tinha qualquer intenção de acusar de qualquer desvio de conduta os três”, afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente ainda usou o depoimento para fazer uma defesa de seu governo, apontando supostos feitos da gestão, e dizer que foi perseguido pela imprensa.
BAND/UOL